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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A palavra é: experiência!



Cidade sempre repleta de eventos, oportunidades, novidades... Um ótimo atrativo para os jovens que querem novas oportunidades de emprego, vida e lazer. A sensação de quem vem passar as férias aqui, e muitas vezes resolve ficar, é que aquele clima de férias, diversão, gente bonita, curtição vai permanecer durante todo o tempo.
Então muitos resolvem deixar família, trabalho, amigos e se aventurar nesta nova experiência. Chegando aqui se consegue o trabalho, a moradia com um preço acessível ao seu salário e nos primeiros dias, pode-se curtir as festas na cidade, que não param.
Mil e uma opções, todos os dias da semana. Pessoas de todos os lugares do mundo, de todas as raças, caráter, nível social. Passado o primeiro mês (alguns agüentam até mais) vem um sentimento que a maioria - se não todos - os jovens que fazem esta escolha sentem aqui: a solidão.
A vontade de estar perto dos verdadeiros amigos, se sentir protegido e cuidado. Aquela vontade de poder ir à casa do vizinho jogar conversa fora, tomar uma cervejinha e comer o churrasquinho. A fome da comida de domingo da mãe. A vontade de uma companhia de verdade que não se vá “no vôo da próxima semana”... Falta de criar vínculos que duram mais que o carnaval ou a semana do “Saco cheio”.
Os barzinhos começam a perder a graça, as festas se tornam iguais, o trabalho não é o que se sonhava... Principalmente para quem mora no Centro ou em condomínios, os vizinhos são estranhos, desconhecidos. E a quem recorrer quando se tem uma dor de cabeça, falta o açúcar, acabou a grana do cigarro? A quem procurar quando se quer colo?
Posso citar inúmeros refúgios que pude observar sendo utilizados pelas pessoas que estão, ou estavam nesta situação: bebida, drogas diversas, relações superficiais, “sem apego”, multiplicação de funções no trabalho... (quem me conhece sabe que não estou condenando). Tudo isso para evitar chegar em casa e dar de cara com a “realidade da casa vazia”.
É uma opção, simplesmente. Existem outras. Mas estas são algumas opções. Todas têm conseqüências. E muitas delas muito, muito graves. Tudo o que você faz tem uma resposta, mesmo que esta ação seja em resposta a outra.
Relações “superficiais” seguidas, por exemplo. Os turistas vão embora. Apesar de ter um trânsito muito grande de pessoas, as que moram aqui há mais tempo conhece quem chega e quem se vai. E estas pessoas que ficam são as que provavelmente também querem uma relação mais séria, que vá além da casualidade de uma festa.
É condenável, mas quem quer uma relação mais séria geralmente não procura quem vive de relações superficiais. Elas simplesmente não procuram as bases, conhecer a pessoa e saber se as coisas podem ser diferentes. Julgam pela postura, ou pelo que dizem... Ação-reação. O uso deliberado de drogas também tem suas reações físicas, psíquicas e sociais. Acredito que nem preciso citar quais.
Não vão me ver falar em minha coluna com preconceitos ou extremismo sobre nenhum tema. Cada um deve escolher o caminho que acredita ser melhor. Sabendo das conseqüências, é claro.
Você deve estar se perguntando agora: então, qual é a solução? Eu não sei. Sinceramente. Não existe fórmula para sair da solidão. Particularmente acredito que solidão, às vezes é bom. Bom para autoconhecimento; para nos dedicarmos mais às pequenas coisas, como a leitura, a informação...
Bom para tomar decisões racionais, sem a interferência de outras pessoas; para procurar rumos melhores e até mesmo para descobrir a forma de sair da solidão, se é o que realmente quer. Eu conheço pessoas que convivem bem com a solidão e até gostam dela.
Mas, até mesmo se você não aprender a lidar com a solidão ou lide com ela de maneira “errada”, certamente não sairá dessa experiência vazio. E na realidade essa pode ser o melhor das “lições”: a experiência.
Eu aprendi muito cedo que nem sempre palavras são suficientes para pessoas da nossa idade, que é preciso colocar a cara para bater. Melhor assim do que não aprender nunca. O importante e passar por essa etapa, mesmo que tenha que começar tudo de novo. E não desistir nunca.

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