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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Por que eu não posso dizer não?

 
Depois de uma semana puxada, ralando em três trabalhos diferentes, eu não posso sentar sozinha em um barzinho para tomar uma cerveja? Por que eu não posso terminar um relacionamento péssimo? Por que eu não posso usar as roupas que quero? Por que não posso escolher por ficar solteira? Por que eu não posso optar por vestir uma roupa que me deixe bem? Por que eu não posso dizer palavrão, às vezes? Por que eu não posso ter amigos heterossexuais homens?

Se vamos a um barzinho sozinha, comer algo ou tomar uma cerveja, as próprias mulheres nos olham como se tivéssemos sido esquecidas ou estivéssemos procurando um homem. Se terminamos um relacionamento infeliz, somos loucas e não valorizamos “o que temos”. Se escolhemos ficar solteiras, somos feministas extremistas, putas (desculpem o termo), ou lésbicas. Se vestimos uma roupa de Verão é para exibir o corpo e chamar homem. Se soltamos um palavrão, somos “machões”. Se saímos com amigos (homens) heterossexuais com certeza estamos saindo com algum ou todos eles.

Por que? Quem determinou isso? Desculpa, mas eu vou continuar fazendo tudo isso. E vou ser um pouco arrogante neste ponto: pago minhas contas, bebo e como com meu dinheiro, trabalho (nem considero trabalho porque amo o que faço) feito uma louca, amo conhecer pessoas diferentes, às vezes falo mesmo palavrão, compro as roupas que me deixam muito bem, não vivo ou mantenho um relacionamento por aparência e, para completar, tenho vários amigos homens, heterossexuais, com os quais eu nunca tive nenhuma relação além de amizade. E vou continuar saindo com eles.

Sempre agi e pensei assim. Comecei a trabalhar cedo, morar sozinha, e, por mais que conhecesse várias pessoas sempre gostei de ter meu espaço e sair. Milhares de vezes já saí pra dançar sozinha, inclusive casada, ou para tomar uma cerveja e comer alguma coisa e nunca vi nada de errado nisso. Sabe por quê? Por que não tem nada de errado nisso. Sou um ser humano livre, no sentido literal da palavra.
Se as pessoas se preocupassem um pouco mais com as próprias vidas, julgassem menos as outras, iriam poupar pessoas que não se apegam a estereótipos ou a pensamentos retrógrados muito menos. E, com certeza iriam ser mais felizes. Veriam que podem (e devem) fazer muito mais. E que desde que respeite o espaço da outra pessoa, podem fazer o que quiser.


Podem me considerar egoísta, chata, extremista... mas vou continuar sendo feliz do meu jeito. Sem apego. A vida é muito curta para deixar de aproveitá-la. Eu amo a vida, amo as pessoas, amo o Universo, a Natureza. Eu amo me relacionar com todos que me fazem bem, e isso inclui, em primeiro lugar, a mim mesma. Se coloque em primeiro lugar. Com ou sem casamento, filhos, amigos. Se ame. Aproveite cada segundo. E digo uma coisa com convicção: quem se ama muito, saberá amar aos outros com muito mais respeito e sabedoria, e deixará de ser um “julgador”.
Palavras de Osho: Eis porque as pessoas são tão eficientes em descobrir defeitos. Elas encontram defeitos em si mesmas – como é que elas podem evitar encontrar os mesmos defeitos nos outros? Na verdade, elas irão encontrá-los e irão engrandecê-los, irão torná-los tão grandes quanto possível. Esse parece ser o único meio de defesa; de alguma maneira, para salvar as aparências. Você precisa fazer isso. Eis porque existe tanta crítica e tanta falta de amor. Digo que esse é um dos mais profundos sutras de Buda, e só uma pessoa desperta pode lhe dar um tal insight. A pessoa que ama a si própria pode facilmente se tornar meditativa, porque meditação significa estar consigo mesmo.”




Namastê

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Quantos amigos você tem?


Quantos amigos você tem nas redes sociais? De quantos deles você tem o endereço e telefone? Para quantos deles você pode ligar e chamar para sair? Para quantos deles você pode ligar para simplesmente conversar? Com quantos deles você pode desabafar? Quantos deles estão dispostos a te ouvir? A quantos deles você está disposto a ouvir? De quantos deles você aceitaria uma visita em sua casa? Quantos deles têm a liberdade de te ligar a hora que for para falar e se abrir? Para quantos dele você pode falar tudo? Pense com calma.

Quando começou a onda da rede social, cheguei a ter 5 mil amigos e muitos seguidores. Mesmo tendo outro perfil somente para trabalho. Aceitava todo mundo, pois acreditava que era uma obrigação profissional. Não, não é. Até pouco tempo acreditava eu ter muito amigos. Mas desde que recomecei minha vida, percebi que este número foi se tornando cada vez menor.
Tem os amigos de farra, os amigos de bate papo, os amigos virtuais, e, os importantes: os amigos de verdade. Chamo de amigos aqueles que atendem a maioria das perguntas que fiz acima: posso falar sobre tudo e ouvir tudo o que estão dispostos a me falar, podem me ligar a qualquer hora, podem frequentar a minha casa livremente, dividem comigo as felicidades e tristezas, sabem guardar segredos ou desabafos sem julgamentos...


Desde então, este processo começou antes mesmo da terapia, comecei a eliminar pessoas das redes... e da vida. Da rede se foram todas as pessoas que nunca me viram na vida ou já viram e nem sabem quem sou, só querem números. Da vida, estão indo embora os aproveitadores, os mentirosos, os juízes do mundo, os fofoqueiros, as vitimas, os sugadores de energia, os usurpadores... Todos que, de alguma forma, não tem nada de bom para acrescentar.
Deixei de frequentar muitos lugares, fiquei com uma memória seletiva maravilhosa (só lembro do que realmente importa), parei de me preocupar com o que diziam a meu respeito, aprendi a dizer NÃO e comecei a dizer a verdade. Dizer a verdade nua e crua. E só os amigos, os verdadeiros amigos, conseguem suportar a verdade. Só eles têm a sensibilidade de saber: “poxa, se ela está me falando isso vou pensar sobre o assunto e, se ela tiver razão, vou trazer pra minha vida”.

E passei a ouvir a verdade desses amigos também. Isso me fez um bem enorme e ajudou a mudar minha vida. Literalmente! Mas eu estava me preparando para isso há anos. Antes eu era uma péssima ouvinte e acreditava que amizade era aceitar tudo do outro. Ofensas, dizer sim sempre, deixar tudo “pra lá”... Este não é um amigo. É um burro de carga.

Então, quando me despi do burro de carga e passei a entender a essência de uma amizade, todos os sugadores se foram e eu me senti rejuvenescer e começar a florescer de verdade. Porque um amigo de verdade quer que você cresça por dentro e para fora, quer que você conheça as verdades da vida, quer que você seja bom e torce por você, te apoia. Um amigo de verdade não é um juiz, é um conselheiro e um compartilhador.
Palavras de Osho: “Envelhecer, qualquer animal é capaz. Desenvolver-se é prerrogativa dos seres humanos. Somente uns poucos reivindicam esse direito”. Desenvolva-se. Se a mão direita fez, a esquerda não precisa saber. Seja seletivo: só fique com o que é bom. Leia, viaje, aprenda, aproveite a vida e não deixe que aproveitem-se de você. Não deixem que suguem sua energia. Seja luz por onde passar. Abdique da guerra. Lute apenas pelo que realmente valer à pena. Você sentirá uma felicidade enorme e verá que ganhará uma nova vida. Muito mais feliz e saudável. 



Namastê

domingo, 4 de dezembro de 2016

Lide com o sofrimento e deixe-o ir: ele não deve se tornar sua vida

Tudo acaba. A fama, o dinheiro, amizades, relacionamentos... E quando você não tem esta convicção, ou quando é muito apegado a essas coisas, elas vão embora e você sofre mais do que o necessário. O sofrimento é necessário e faz parte da vida. Mas ele não pode se tornar a sua vida ou tomar conta dela.

Quantos artistas saíram da mídia e reaparecem falando mal dos ex colegas ou ex empregadores com ódio e muito rancor? Quantas pessoas mentiram para ter seus chamados “15 minutos de fama” e quando foi descoberto ou a fama acabou começaram a se drogar ou se tornaram deprimidos? Quantas pessoas conhecemos que colocavam seus relacionamentos em primeiro lugar, que amava o outro mais do que elas mesmas, e quando o fim chegou se suicidaram ou se fecharam para o mundo?

Osho disse certa volta: “Aceite o sofrimento e passe por ele. Não fuja. Esta é uma dimensão totalmente diferente para se trabalhar. O sofrimento existe. Encare-o. Passe por ele. O medo estará lá, aceite-o. Se você tremer, então trema. Por que criar uma aparência de que não está tremendo, de que não tem medo? Se você é covarde aceite isso também. Todo mundo é covarde; As pessoas que você chama de corajosas são corajosas apenas na fachada. No fundo elas são tão covardes como qualquer um, ou ainda mais, pois para esconder a covardia criaram uma bravura ao redor de si mesmas, e algumas vezes agem de tal forma que todos pensam que não são covardes. Essa coragem é apenas uma tela protetora”.

Você pode lidar com o sofrimento de duas formas: aceitando-o, sofrendo tudo o que tem que sofrer, tirar uma lição disso e seguir em frente; ou se agarrar ao sofrimento e deixar que ele se torne você, se tornando amargo, deprimido, vingativo, triste, fechado para o mundo... Qual das duas alternativas você prefere? Que pessoa você quer ser: a madura e feliz ou a imatura, triste e vingativa?
Não transfira a culpa para os outros. Não diga coisas sobre os outros que não gostaria que dissessem sobre você. Tente analisar o sofrimento com profundidade, e, com certeza entenderá o "porquê" de estar passando por isso e o que pode tirar de bom nisso. Se a fama acabou, analise em que ela estava baseada e se era realmente isso que você queria. Se o dinheiro acabou, pense bem de como ele veio, como o ganhou, como o gastou. Se uma amizade acabou, veja em que bases ela estava fundamentada, se era verdadeira, em que você errou. O mesmo vale para relacionamentos “amorosos”.
Deixe de lado o vício de culpar os outros. Olhe para dentro e não para fora. Tudo vem de dentro e da forma como lidamos com o que vem de fora. Melhore, principalmente para si, e, automaticamente, o mundo a sua volta vai melhorar e mudar também. Como já disse algumas vezes, a maioria das pessoas não consegue sozinha. Então procure ajuda: um amigo, livros, terapia, religião, yoga... Não importa a sua escolha. O que importa é se sentir um ser humano melhor e melhorar o mundo a sua volta.

Para finalizar, mais um trechinho da fala de Osho: “Não se importe com a sociedade e suas normas, e sua condenação. Aqui ninguém irá julgá-lo. Não julgue os outros e não se deixe perturbar pelo julgamento dos outros. Você é único. Você nunca existiu antes e nunca existirá novamente. Você é belo. Aceite isso. E qualquer coisa que aconteça deixe que ela aconteça e passe por ela. Breve, o sofrimento será um aprendizado. E então tornar-se-á criativo. O medo lhe dará destemor. Da raiva surgirá a compaixão. Da compreensão do ódio, o amor nascerá para você. Mas isso não acontece num conflito com essas emoções, e sim na experiência feita com uma consciência alerta. Aceite o que vier, e submeta-se à experiência.”

Desejo, de todo coração, que você se encontre e junto com seu eu interior descubra a felicidade. Desejo que você consiga ver o mundo do melhor ângulo possível e que deixe de julgar as pessoas ou culpa-las por tudo. As pessoas só fazem conosco o que permitimos que faça.



Namastê

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Confrontos não provam que você é melhor, te igualam ao outro. Seja diferente!

Antigamente, quando uma pessoa mentia para mim, eu me sentia tão irritada e até mesmo ofendida a ponto de confrontar a pessoa e desmascarar onde e quando fosse. Parecia que a mentira, mesmo que nada tivesse a ver comigo, era uma afronta a minha inteligência, a minha capacidade de discernimento e eu, ariana legítima, não poderia deixar passar.
Os anos foram passando e passando... Mudei de cidade e me vi cercada de pessoas maravilhosas, mas também cercada de pessoas que mentem, por qualquer coisa. Pessoas viciadas em mentir. E o que fazer? No começo eu brigava com todas elas. Esfregava a verdade na cara delas e do mundo. Partia para o confronto mesmo.

Os anos foram passando e me dediquei a estudar a mim mesma, como já contei em outros artigos. Meditação, yoga, terapia, leitura... Tudo o que pudesse me mostrar o que tinha dentro de mim, me mostrar a Kássia de verdade. E descobri que o meu incômodo com a mentira veio de muito, muito longe, na infância.
Nunca acreditei em Papai Noel, coelho da Páscoa, “velho do saco”, monstros... (Não sou contra quem acredita, não me entendam mal) Sabia, desde muito nova, que a minha mãe dava um duro danado para nos sustentar e que, em muitas dessas datas, não poderia viver as ceias dos filmes, ganhar as bonecas da moda (não que eu fosse muito fã de bonecas), ganhar os ovos de Páscoa das marcas famosas. Fui criada de forma muito realista. As mentiras que eu ouvia eram para amenizar os problemas ou não criar um. E quando descobri, já era adolescente. Aí, já sabe, não é? Revolta.

Fui pra o mundo muito cedo, sem experiência quase nenhuma. Mas não tinha medo de nada. O que, muitas vezes, pode representar um grande perigo. Lembro que no meu primeiro emprego, em um jornal da minha cidade, eu queria pegar briga com um juiz que mentiu em uma entrevista dada a mim, foi desmentido por mim e mandou uma carta resposta me chamando de “jornalistazinha”. Hoje, acho cômico, mas na época, a vontade de ir nas fuças dele (eu tinha 18 anos) era imensa. Mas lembro que meu superior, na época, me disse: “isso vai acontecer muitas vezes. A vida é assim”.
Como jornalista, trabalhei com esporte, área policial (pela qual eu era apaixonada, já que sou filha de dois) artes, política... E vi que tinha uma coisa em comum em todas elas: a mentira! O humorista que me tratava super mal nos bastidores, mas, quando ligava o gravador, se tornava a pessoa mais carismática do mundo. O político que abraçava uma pessoa humilde, tomava o café e depois fazia piada da situação; os jogos visivelmente vendidos; o policial que tinha parceria com o advogado do bandido e com o juiz e, quando o preso chegava a delegacia, depois de meses de investigação, já havia um habeas corpus prontinho e o advogado lá rindo do trabalho dos policiais honestos...

Na vida pessoal, vi pessoas mentindo, descaradamente, para ganhar atenção, status dinheiro... Pessoas mentindo para manter relacionamentos ou terminar. Vi currículos que pareciam piada de tão evidentes que eram as mentiras. Vi pessoas chorarem na frente de outras jurando não terem feito uma coisa que fizeram na minha frente. E o que fazer? Brigar com o mundo? Confrontar todos eles? Virar uma justiceira?
Confesso que passei por esta fase, como disse anteriormente. Mas ninguém, sim NINGUÉM pode consertar o mundo inteiro. Porém, tem uma coisa que você pode fazer pelo mundo: mudar a você mesmo. Seja honesto com você mesmo, em primeiro lugar. Não minta e ponto final. Se eduque e saiba respeitar o modo de vida escolhido pelos outros. Eduque seus filhos a serem honestos como você é. Se uma pessoa mente, ela tem um motivo. Antes de prejudicar você, ela está prejudicando a si própria. Porque a mentira vicia. E depois da primeira vem a segunda para sustentar a primeira, e a terceira para sustentar a segunda... E chega a um ponto que a pessoa não consegue mais parar.

Quantas pessoas se casaram com outras que não amavam para agradar aos pais ou a sociedade e foi infeliz por anos e anos? Quantas pessoas reprimiram sua sexualidade por anos e se tornaram amargas e preconceituosas por não aceitarem a si próprias? Quantas pessoas entraram em forte depressão, tiveram um infarto ou um AVC por estar tão sufocado por mentiras que não conseguiam sustentar?
O que vou dizer à seguir pode soar como egoísta, mas depois vocês vão entender o porquê: cuide do seu karma, seja bom, honesto e não minta. Pense em você. Ninguém pode sustentar uma mentira por muito tempo. Pode demorar dias, meses, anos... Mas ela sempre vem à tona. Não adianta. Brigando, confrontando, expondo a pessoa (que já está fazendo isso sozinha), você se desgasta, se estressa, se deprime, se expõe, adoece e pode até morrer. É isso que você quer?

Sei que às vezes é difícil saber que uma pessoa falou uma mentira a seu respeito. Pode magoar muito. Mas, se você age de maneira correta, a mentira não vai se sustentar e o autor vai se autodestruir. É a Lei do Retorno. Ninguém consegue fugir dela.
De que adianta vestir as melhores roupas, comprar os melhores sapatos, ir às melhores festas e estar devendo ao banco ou aos vendedores? De que adianta mentir que sabe fazer um trabalho, ser contratado e na hora de fazer não conseguir? De que adianta mentir para seus filhos e dormir com a consciência pesada? De que adianta ser infeliz com uma pessoa que não ama para não perder o status de casado ou financeiro? De que adianta reprimir sua sexualidade, chegar aos 60, 70 anos e dizer “quanta coisa eu perdi. Quanto fui infeliz”? De que adianta ter que mudar de salão ou de loja a cada mês porque não pode pagar, mas quer estar sempre alinhada? Uma hora a “casa cai”. Não tem escapatória.

Então, ao invés de bater de frente, deixe a pessoa falar. Cuide de você. É desta forma que mudamos o mundo. Cada um cuidando de si, e quando se sentir pronto, espalhar este amor para mais e mais pessoas (porque quando descobrimos nosso verdadeiro “eu” nos tornamos mais amor). Pequenas ações ajudam. Eu escrevo, conto minhas experiências e mostro às pessoas que elas não estão sozinhas e que sim, há possibilidade de mudar de fogo para um rio calmo. Ainda não alcancei o nível de maturidade emocional e espiritual que busco. Mas não vou desistir. E é isso que me motiva a cada dia.

Tenho plena consciência de quem sou, e de que não posso mudar as pessoas. A mudança é um trabalho longo, contínuo e individual no qual estou trabalhando dia após dia. E os resultados vêm. Quando uma pessoa insiste em mentir para mim me afasto e além de agradecer em minhas orações por ter resolvido a situação, peço pela pessoa. Uma hora ela vai reconhecer o mal que fez ao outro e a si próprio, principalmente, e vai mudar de postura. Pode durar até mais de uma encarnação. Mas vai acontecer. Tenha certeza!

Então cuide de você, melhore a você, vença a você. E o Universo te recompensará. Não digo que é difícil (aprendi com uma pessoa muito especial). Digo que é diferente. E tudo que é diferente assusta mesmo. Mas, digo por experiência própria: vale à pena. Confrontos não provam que você é melhor ou pior que o outro. Mas te igualam a ela. Seja diferente.

Namastê

sábado, 26 de novembro de 2016

Não se culpe: recaídas são normais!


É muito fácil dizer-se forte todo o tempo todo. Mas, principalmente quando estamos em estágio de mudança, descoberta, autoconhecimento... não é incomum ter recaídas. No meu caso, agir por impulso, precipitação... E depois sempre vem a verdade e o arrependimento. Não se sinta em culpa: faz parte do processo.

Nenhuma mudança acontece da noite para o dia. Imagina mudar 29 anos em 1ano e meio? Hábitos, crenças, falsas verdades que estão dentro de nós desde a infância e que foram repetidas tantas vezes que no final, acreditamos... Não é simples.
Quanto melhor você se sente, mais provações vão aparecer. Quanto mais feliz você se sentir, mais pessoas infelizes vão tentar te prejudicar, atrapalhar, julgar. E se você absorve isso, vai se igualar a elas e reagir sem pensar, dando-lhes o que elas tanto desejaram.
Vou te dizer por experiência própria: quando for provocada, não reaja de imediato. Esta é a reação que provocador deseja. Assim, você estará no mesmo nível dele, no qual ele tem mais experiência, perderá o equilíbrio e reagirá da forma que ele espera. Que, obviamente, não é boa.
Quem não se sente completo, quem não é feliz, muitas vezes se fecha em um mundo de depressão e tristeza. Outros tentam passar sua amargura para que as pessoas que estão felizes se sintam como elas. Nenhum dos dois casos merece raiva. São casos que precisam de tratamento.
Depois de reagir como as pessoas que citei acima esperava, me sentei e lembrei de todo trajeto que venho fazendo há quase dois anos. Lembrei de todas as palavras que li, os ensinamentos que venho assimilando, as coisas que aprendi sobre mim mesma na terapia, na yoga, e me coloquei a meditar. Já faço isso diariamente, mas me dediquei com mais afinco. Não pedi nada. Só agradeci. O que se diz é: quando você percebe o erro é sinal de que você está acordando.
Senti paz. Passei os problemas para quem tinha que resolver, e meditei mais. Agradeci por estar acordando, agradeci por estar alerta. Agradeci por ter saúde mental para passar por tudo aquilo. E, então, as coisas começaram a ficar claras e a se resolver sozinhas. E a minha fé só aumentou.
Não se vingue, não seja rancorosa, não magoe quem te magoou. Cada um é responsável pelo seu próprio karma. Seja bom, pacífico, amoroso. Não só externamente. Tem que vir de dentro. Tem que ser sincero. Trabalhe isso e virará, aos poucos, uma coisa natural. Seja um ser humano melhor. Não deixe que a amargura do mundo influencie o seu caráter. É um trabalho de uma vida inteira.
O mundo já está repleto de amargura. Seja doce. Seja bom. Seja o que você quer que as pessoas sejam com você. Quem não for bom vai se afastar. Quem for bom, vai ficar. Isso não quer dizer que você não encontrará pessoas difíceis e maldosas. Mas, pouco a pouco, saberá lidar melhor com elas.  

Você é responsável pelo seu karma. Assim como as outras pessoas são responsáveis pelo delas. Não absorva. Seja forte. E nem a maior tempestade do mundo poderá te derrubar.

Namastê




quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A idade, definitivamente, está na cabeça. Seja luz por onde passar!



Esta semana tive o prazer de participar de um grande evento beneficente em minha cidade. Dentre outras coisas, houve dois desfiles de moda de duas empresas da cidade. Não com modelos como se vê na TV. Mas com pessoas comuns de todas as idades. As crianças sorriam e se divertiam, enquanto os pais vibravam. As mulheres entre 20 e 30 anos estavam tensas, preocupadas com as fotos, em estar impecavelmente perfeitas.
Mas duas das modelos do primeiro desfile chamaram a atenção (não só a minha): duas mulheres acima dos 40; com uma energia e vitalidade que contagiavam todos à volta. Uma delas conheço mais proximamente. E vejo nela uma alegria de viver, um sorriso no rosto, uma vontade de ajudar as pessoas... Aquela pessoa que se aproxima e te deixa feliz, entende? Que passa uma energia de paz que, no mundo de hoje, é difícil de encontrar. Das mais simples, as mais refinadas. Sempre alegre, prestativa, disposta e grata.

E esta é a palavra: Gratidão. Estar sempre celebrando a vida e olhando as coisas com os olhos do bem. E isso não se aprende de um dia para o outro. É óbvio. Mas, vale à pena tentar.
Como o desfile foi no comecinho do evento, deu tempo de observar tudo em volta. Muitos estavam ali com este espírito de gratidão. Compreendiam o real motivo do projeto. Outras gostariam apenas de algumas fotos com políticos e pessoas da “alta sociedade” para se entrosar ou fazer negócios.
Trabalhei no evento para uma amiga, que estava lá com o mesmo objetivo que eu: as entidades que seriam beneficiadas mereciam o melhor de nós. Um hotel, muito importante na cidade, cedeu o espaço para o evento: limpo, organizado e arrumado. Diversas caixas de lixo estavam espalhadas pelo local.
Uma hora saí para fumar (sim, ainda mantenho este péssimo hábito – por enquanto) e vi pessoas comprando garrafas caríssimas de bebida e despejando nas plantas, comendo e espalhando pratos, copos, guardanapos... tudo pelo chão. Definitivamente, o dinheiro não vem junto com educação e respeito ao próximo.  
Minha mãe é da época em que carrega no carro sacola de lixo para coloca-lo até chegar em casa e jogar no lugar certo. E passou isso para mim. Se não encontrar lixeira, carrego até ponta de cigarro enrolada no papel na bolsa para despejar no lixo quando chegar em casa. E sempre fomos muito simples (financeiramente).

Mas, as pessoas que estavam ali entendendo o real motivo do projeto, despejavam seus lixos nos lugares corretos e até recolhiam o dos outros. Sem criticar, reclamar ou dizer nada. Só faziam. Para estas pessoas, assim como para mim, a amiga a qual fui ajudar e a pessoa que citei acima são coisas muito normais.
Sempre fui meio avessa a eventos “chiques”, ainda que beneficentes. Justamente porque antigamente eu só enxergava o lado ruim. Eu só conseguia ver os mal educados, os hipócritas, os ingratos... Eu era um juiz do mundo. Péssimo hábito. Eu não entendia que independente do motivo que eles estavam lá, o dinheiro que pagaram para estar lá vai para uma boa causa. Associações de mulheres e crianças em estado crítico, mulheres com câncer...

E no final eu fiz a minha parte estando lá e dando o melhor de mim. E esta é a responsabilidade de cada um de nós. Dar o melhor de si. Se o seu vizinho não faz isso, é um assunto dele e ele vai ter que lidar com isso um dia. Sejamos mais como a senhora que citei anteriormente: sorria para o mundo, ajude as pessoas, se encha de coisas boas, se cerque de pessoas boas. Seja grata por ser assim e por ter a possibilidade e o discernimento de melhorar a cada dia. É isso que o Universo espera de você! Que você seja feliz e dê o melhor de si.
Se as pessoas não reconhecem o que você faz por elas, você vai descobrir que isso não importa. Você sabe o que fez e outras portas se abrirão. Seja grata pelo seu dia, saúde, oportunidades... Seja grata pelo amor que recebe das pessoas que estão à sua volta. Espalhe amor e gratidão. Não espere nada em troca. Faça por você. E quem está a sua volta irá te acompanhar. Tenha certeza.

É assim que o mundo se tornará um lugar melhor. Uma pessoa mudando de cada vez. Não importa o tempo que isso leve. Não perca a esperança. Seja a energia que ilumina tudo à sua volta. Independente da idade que tenha. Esqueça aquela história de que somente os jovens tem energia, luz... só é uma coisa conquistada com o tempo. A idade, definitivamente, está na cabeça.
Seja luz por onde passar!


Namastê 

sábado, 12 de novembro de 2016

20 (das muitas) coisas que aprendi e mudaram a minha vida

No dia 4 de abril fiz 30 anos. Huruuuummmm. Para alguns é muito. Para outros (assim como eu) é só o começo e a oportunidade de aprender muito mais. Mas o importante é que tirei lições de cada coisa que aconteceu comigo nesse período. E decidi dividir um pouco disso com vocês:
1.     Você não pode mudar as pessoas. Você pode aconselhar apoiar, mas nunca, NUNCA, mudar as pessoas. Somente elas têm esse poder;
2.     Indiretas não funcionam. Pelo contrário, elas irritam e afastam. Antes era no falar e, hoje em dia, com o crescimento das redes sociais, as indiretas se tornaram uma “arma” eletrônica. O que quem usa não sabe é que o cano desta “arma” está apontado diretamente para elas mesmas;
3.     Não se deve dizer algumas coisas quando as pessoas não estão preparadas para ouvir. Você pode perder um grande amigo simplesmente porque não era a hora de falar as SUAS verdades para ele;
4.     Não force a barra em nada: nos relacionamentos, empregos... NADA. As coisas acontecem no momento certo e, se você forçar, vai ter que lidar com as consequências que, nem sempre, são as que você espera;
5.     Se não estiver preparado não misture amizade com trabalho. Vai dar “merda” (desculpe o termo) em um dos setores... ou em ambos;
6.     Nunca julgue as pessoas por uma atitude. Você não conhece o passado dela, o espirito dela... Mas se as atitudes são recorrentes, se afaste. Cada um tem que lidar com seu próprio karma;
7.     Você não é obrigada a conviver com uma pessoa que te faz mal ou que influencia seu humor negativamente. Não permita que isso aconteça;
8.     É melhor investir em algo que você ama e te deixa feliz, do que passar a vida fazendo coisas para dar satisfação a quem quer que seja. A sua vida é sua;
9.     Não dê ouvidos a fofocas. Se você faz isso, você está dando asas ao “fofoqueiro” e pode levar à frente mentiras que podem te prejudicar ou prejudicar outras pessoas;


10.     Tire sempre alguns momentos do dia para fazer algo que gosta. Acender um incenso, meditar, dançar sozinha, ver um filme, cuidar das suas plantas... Você merece isso;
11.    A opinião das pessoas sobre você é, apenas, a opinião delas e não é você. Não se prenda ao que dizem pensam ao falam de você. Seja boa, honesta consigo mesma, equilibrada física e mentalmente, feliz por inteiro. E você vai perceber que ninguém é capaz de destruir isso... somente você;
12.     Não se prenda ao passado. O passado é passado. Aprenda com ele, tire as lições necessárias e o deixe no PASSADO. Ponto final. Viva o presente e aproveite cada momento;
13.      Não guarde rancor. Fale, pense sobre o assunto, resolva e siga em frente. “Cultivar mágoa é como segurar um carvão em chamas. Só você vai se queimar”;
14.     Se pessoas queridas mudam com você esclareça os motivos e encerre o assunto. Às vezes perdemos pessoas amadas somente por achar, acreditar, imaginar... E, geralmente, não tem nada a ver com o que você está criando. Esclareça e siga em frente;
15.      Não machuque os outros. Nem fisicamente, nem com palavras. Lembre-se: tudo que vai volta. E não tem como fugir disso;
16.      Ninguém está a sua disposição o tempo todo. Todos precisam de privacidade e espaço. Seu marido, amigos, funcionários... Todos precisam de espaço. Se você não se sente bem com a sua própria presença, procure ajuda terapêutica imediatamente;
17.      Todo mundo erra. Seus pais, seus familiares, seus amigos, VOCÊ. Antes de tomar conclusões precipitadas respire, pense e resolva com cautela;
18.      Todo mundo erra. Seus pais, seus familiares, seus amigos, VOCÊ. Antes de tomar conclusões precipitadas respire, pense e resolva com cautela;
19.      Ninguém é dono de ninguém. Se você precisa se sentir dono do seu companheiro ou amigo, você está incompleto e precisa de ajuda;
20.Cuide do seu corpo, da sua mente e do seu espírito. Depois disso, você vai ver a infinidade de possibilidades que a vida vai te trazer.



Tenho muitas e muitas coisas para aprender ainda. Como já citei em outros artigos, estou no começo de um processo de cura interior que durará a vida inteira. Mas, acredito que, seguindo essas dicas básicas, a sua vida se tornará muito mais leve e bonita. Como eu tenho tornado a minha a cada dia.
Desejo a vocês uma vida feliz e plena. E que você tenha amigos que te amem de verdade, uma família unida que te apoie, trabalhe com o que te faz vibrar, tire mais tempo para você e seja feliz. Só assim a humanidade vai mudar. Cada um fazendo a sua mudança interior.

Namastê 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Seu bem mais precioso é você. Invista nele!



Recentemente, pela ‘milésima’ vez, assisti o filme “Sete dias com Marilyn”. Acho que quem acompanha o blog já notou o quanto a história dela me fascina. (risos) Quanto mais leio e estudo sobre ela, mas vejo o quanto a psicologia, a terapia poderiam tê-la ajudado a ver-se e a olhar o mundo de outra forma. E, principalmente, a si mesma.
Depois de uma infância passando de um lar para outro, de ter sido abusada, ela criou uma imagem para o mundo externo acreditando que esta a salvaria dos fantasmas que estavam dentro dela. Vê-se isso, claramente, pela sua falta de confiança no talento que tinha, na necessidade de ter sempre ao seu lado alguém que a dissesse o quanto era boa, o quanto era bonita, o quanto era talentosa e amada. Como sua assistente, médicos, parceiros e os maridos.

Seus maridos se casavam com a estrela, e não com a Norma, nome verdadeiro da atriz. E, depois de perceber quem era a Norma, não tinham fôlego para lidar com seus fantasmas, suas dores, seus vícios e sua necessidade extrema de amor. E, no final, ela se via como sempre se viu: sozinha e deprimida.

E depois de tudo que passei, agradeço, diariamente, pela internet, pelos amigos que fiz, pelas oportunidades que tive e tenho de trabalhar com todos estes fantasmas. De conseguir me libertar da imagem que criei acreditando que, desta forma, me esconderia do passado, dos traumas, das dores...
Tudo estava tão enraizado, que demorei muito tempo para perceber (e ainda estou trabalhando nisso) que amor, reconhecimento, talento, precisam ser reconhecidos e trabalhados primeiro dentro de mim. E, depois, dividir com os outros. E não tentar que os outros me tragam isso. Ninguém é capaz de fazer isso.

Se eu não me amar, me respeitar, me admirar, reconhecer meus talentos, por mais que milhares de pessoas a minha volta me digam tudo isso, repetidas vezes, eu nunca iria acreditar. E é isso que Osho, a Yoga e a terapia têm me feito descobrir a cada dia: o Universo está dentro de mim, o amor está dentro de mim, o talento está dentro de mim. E sou eu quem devo ter a convicção disso antes de qualquer pessoa.

Eu tenho que ser boa o suficiente para mim, amar minhas qualidades e trabalhar nos meus defeitos. Ser a Kássia de verdade e não a que esperam que eu seja. Só assim serei amada, respeitada, reconhecida pelas pessoas que amo e pelas pessoas a minha volta. Não deixe sua vida passar sem se amar. Não existe nada mais belo que o amor próprio, que o autoconhecimento e a paz interior. O resto... bem... o resto é consequência.

Invista em você!


Namastê