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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Por que eu não posso dizer não?

 
Depois de uma semana puxada, ralando em três trabalhos diferentes, eu não posso sentar sozinha em um barzinho para tomar uma cerveja? Por que eu não posso terminar um relacionamento péssimo? Por que eu não posso usar as roupas que quero? Por que não posso escolher por ficar solteira? Por que eu não posso optar por vestir uma roupa que me deixe bem? Por que eu não posso dizer palavrão, às vezes? Por que eu não posso ter amigos heterossexuais homens?

Se vamos a um barzinho sozinha, comer algo ou tomar uma cerveja, as próprias mulheres nos olham como se tivéssemos sido esquecidas ou estivéssemos procurando um homem. Se terminamos um relacionamento infeliz, somos loucas e não valorizamos “o que temos”. Se escolhemos ficar solteiras, somos feministas extremistas, putas (desculpem o termo), ou lésbicas. Se vestimos uma roupa de Verão é para exibir o corpo e chamar homem. Se soltamos um palavrão, somos “machões”. Se saímos com amigos (homens) heterossexuais com certeza estamos saindo com algum ou todos eles.

Por que? Quem determinou isso? Desculpa, mas eu vou continuar fazendo tudo isso. E vou ser um pouco arrogante neste ponto: pago minhas contas, bebo e como com meu dinheiro, trabalho (nem considero trabalho porque amo o que faço) feito uma louca, amo conhecer pessoas diferentes, às vezes falo mesmo palavrão, compro as roupas que me deixam muito bem, não vivo ou mantenho um relacionamento por aparência e, para completar, tenho vários amigos homens, heterossexuais, com os quais eu nunca tive nenhuma relação além de amizade. E vou continuar saindo com eles.

Sempre agi e pensei assim. Comecei a trabalhar cedo, morar sozinha, e, por mais que conhecesse várias pessoas sempre gostei de ter meu espaço e sair. Milhares de vezes já saí pra dançar sozinha, inclusive casada, ou para tomar uma cerveja e comer alguma coisa e nunca vi nada de errado nisso. Sabe por quê? Por que não tem nada de errado nisso. Sou um ser humano livre, no sentido literal da palavra.
Se as pessoas se preocupassem um pouco mais com as próprias vidas, julgassem menos as outras, iriam poupar pessoas que não se apegam a estereótipos ou a pensamentos retrógrados muito menos. E, com certeza iriam ser mais felizes. Veriam que podem (e devem) fazer muito mais. E que desde que respeite o espaço da outra pessoa, podem fazer o que quiser.


Podem me considerar egoísta, chata, extremista... mas vou continuar sendo feliz do meu jeito. Sem apego. A vida é muito curta para deixar de aproveitá-la. Eu amo a vida, amo as pessoas, amo o Universo, a Natureza. Eu amo me relacionar com todos que me fazem bem, e isso inclui, em primeiro lugar, a mim mesma. Se coloque em primeiro lugar. Com ou sem casamento, filhos, amigos. Se ame. Aproveite cada segundo. E digo uma coisa com convicção: quem se ama muito, saberá amar aos outros com muito mais respeito e sabedoria, e deixará de ser um “julgador”.
Palavras de Osho: Eis porque as pessoas são tão eficientes em descobrir defeitos. Elas encontram defeitos em si mesmas – como é que elas podem evitar encontrar os mesmos defeitos nos outros? Na verdade, elas irão encontrá-los e irão engrandecê-los, irão torná-los tão grandes quanto possível. Esse parece ser o único meio de defesa; de alguma maneira, para salvar as aparências. Você precisa fazer isso. Eis porque existe tanta crítica e tanta falta de amor. Digo que esse é um dos mais profundos sutras de Buda, e só uma pessoa desperta pode lhe dar um tal insight. A pessoa que ama a si própria pode facilmente se tornar meditativa, porque meditação significa estar consigo mesmo.”




Namastê

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