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quarta-feira, 25 de abril de 2018

Permita-se mudar de idéia. A grande sacada da vida está aí!


Sempre fui muito prática. Seja na escolha de um prato no restaurante, na compra de uma roupa, na escolha de um trabalho, ou no fato de iniciar ou romper um relacionamento: apenas seguia um padrão que já tinha criado, para facilitar o processo. Simples assim. A bolsa mais prática de carregar, o prato já conhecido no restaurante, a casa mais perto do trabalho, o cara que me desse atenção... E hoje, enquanto passeava por sites de compras, me dei conta de que estou há meses escolhendo a bolsa perfeita. E isso nunca aconteceu.

As bolsas escolhidas por simplesmente serem mais práticas ou seguirem o perfil das que eu usei por anos, não me interessam mais. Eu não sou a mesma que criou estes padrões há 15 anos. Não me pareço em nada com a menina que decidiu, antes mesmo de sair do colégio, que a carreira era a coisa mais importante da vida. Não sou mais a adolescente com problemas de auto-estima que se deixava ser escolhida nos relacionamentos ou para trabalhos por achar que era o melhor que poderia conseguir. Eu não trabalho mais “batendo perna” na rua para precisar de bolsas que comportem o mundo e que sejam fáceis de carregar.
Tudo começou quando notei que, a decisão de uma vez por semana experimentar um prato diferente estava sendo seguida à risca há meses. Anteriormente, tinha muito medo de experimentar coisas novas. Olhava com desconfiança coisas que nunca havia provado. Mas hoje, é muito diferente. Muitas vezes deixo a dona do restaurante japonês no qual sou habitue fazer a escolha pra mim, ou o garçom do local novo que decidi conhecer o fazer. E, na maioria absoluta das vezes, a surpresa é positiva. Não me importo de pagar um pouco a mais se gosto mesmo de uma coisa.
Também reparei que sem perceber, havia alterado totalmente o meu guarda roupas. E nele não tem mais nenhum resquício da menina que não queria crescer ou da mulher que tinha que ser obrigatoriamente sexy para ter a atenção dos caras e se sentir melhor consigo mesma. As roupas hoje têm realmente a ver comigo. Amo as camisas, as calças, as saias comportadas, às vezes um decote um pouco mais ousado, mas despretensioso... Tudo feito de outra maneira. Combinando com a pessoa que eu sou hoje. Mas precisamente, com a mulher que sou hoje. E, se quer saber, me sinto muito mais sexy com esse ar de mistério do que entregando o jogo no começo do primeiro tempo. E isso é muito pessoal. Funciona pra mim.
No trabalho, me permiti deixar de lado o status que Ser jornalista me dava, para fazer uma coisa que realmente gosto de fazer: eu amo trabalhar com vendas! Sim, vendas. Não me permito mais ser identificada pela minha profissão. Antes eu era A Jornalista. Era a única resposta que eu tinha quando me perguntavam quem eu era. E para me desligar desta carreira com a qual não me identificava mais, porém me dava um status incrível, tive que trabalhar muito a minha mente que era terrivelmente ligada a esses ganhos.
Nos relacionamentos, não me permito mais ser escolhida. Sou eu quem escolho! Me tornei uma pessoa incrível e mereço uma pessoa incrível também. Trabalhei muito para isso. Investi tempo, saúde, dinheiro... Abri mão de coisas para conquistar tudo que sou hoje. E isso não pode ser deixado de lado. E não vai...
De tudo isso, aprendi que mudar não é ruim. O novo assusta, desconcerta, causa dúvidas, mas vale sempre à pena. Não tenha medo de mudar! Não tente fazer escolhas baseada em parâmetros que tinha há 20 anos ou mais. Ou nas decisões de outras pessoas. Experimente coisas novas, veja se a carreira que está seguindo é a que faz seu coração “pulsar” de verdade. Se permita mudar de idéia sobre a criação dos filhos, a opção do casamento, a manutenção do mesmo. Se permita ser ousada ou não. A decisão é sempre sua. Mas se permita!
Eu acredito que o espírito permanece, mas o corpo acaba. Então, se manter dentro dos padrões, com medo de experimentar e viver, não contribui em nada para a sua evolução. Então viva!
Quanto à bolsa, vou experimentar um modelo novo. E se não gostar, mudo outra vez! E esta é a grande sacada.

Muito obrigada!
Namastê

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Não dê chance aos fofoqueiros e juízes da vida alheia! Eles são o retrato da falta de empatia

Essa semana um site de “noticias” divulgou, com chamada em letras garrafais, vídeos do marido de uma empresária internacional a traindo com três mulheres diferentes. Quase que instantaneamente, os vídeos haviam sido replicados em todo o mundo. Foquei nos comentários das mulheres, é claro! Li de tudo:  desde “ela mereceu”, “essa aí tem dedo podre”, “ela só escolhe errado”, até “ela tem dinheiro e vai chorar em Paris”. 

Os vídeos teriam sido feitos em Outubro, mas foram divulgados agora, quando a empresária estava na reta final de uma gravidez (sim, ela estava grávida) que foi muito planejada e esperada. Em meio a esse circo, uma das mulheres envolvidas no caso começou a dar entrevistas  (vale salientar que tudo dentro de poucas horas) dizendo que pensava que o namoro entre a empresária e o rapaz era casual, mas que quando soube da gravidez terminou. Mais polêmicas, é claro. “P...”, “chifruda”... Agora eram duas mulheres no foco.
Achou que não poderia ficar pior?  Em meio a tudo isso, o parto, que estava sendo esperado para 3 semanas depois, teve que ser antecipado já que ela começou a ter contrações. Vazou a informação de que ela permitiu que o pai da criança assistisse ao parto. E o que era circo se transformou em um show de horrores! “Viu que ela merece?”; “como escolhe um pai desse pra criança?”; “se fosse eu não deixaria chegar perto”; “tadinha da criança”... As notícias foram replicadas à uma velocidade assustadora.
Mas, em meio a tudo isso, não vi sequer um comentário perguntando sobre a situação psicológica e emocional da empresária. E eu procurei. Ninguém estava interessado nas consequências que um problema como esse pode gerar na vida dessa mulher, deste ser humano. Não vou nem falar do choque que levei pela falta de sororidade nesta situação. Mas eu preciso falar da questão da fofoca.
Aconteceu com ela e é assim com você também. No seu trabalho, no seu bairro, no círculo de amizade... O fofoqueiro não se importa com o seu bem estar, a sua saúde ou as consequências que aquilo pode gerar na sua vida. Ele só quer levar a informação, falsa ou verdadeira, à diante. O fofoqueiro tem prazer em criar o atrito,  desentendimento, tristeza, dor e não pensa no que pode ocorrer com as pessoas envolvidas. O importante é repassar e rir.
Sim, existem muitas pessoas assim. Aquele colega de trabalho que conta detalhes da vida íntima de outra pessoa, ou que fala do chefe e está sempre cochichando sobre algo que não tem ligação com ele. Aquele vizinho que quer saber a hora que você sai, chega, escuta atrás das portas. E, acredite, muitos estão dentro da família também. Já vi amizades acabarem, pessoas perderem o emprego, famílias serem rachadas por causa de uma fofoca.
Existem várias causas para este comportamento: desvio de caráter, necessidade de atenção, infelicidade, inveja... Cada um tem seu motivo. Mas todos se alimentam da mesma coisa: o público. Se o fofoqueiro não tiver quem escute ou Leia a fofoca, ele não terá porque fofocar e o ciclo acaba. Certa vez, em um local onde eu trabalhava, uma pessoa veio me contar que uma terceira estava falando coisas desagradáveis sobre mim. Minha resposta foi dura, mas funcionou: “Eu não quero saber! Não tenho nada contra ninguém e lamento se alguém tem contra mim. Mas não me importa. Se quiser falar sobre trabalho, estou aqui. Mas se quiser falar sobre outra pessoa, fazer fofoca, eu a proíbo!”. Não preciso nem dizer que nunca mais houve uma fofoca naquele recinto.
Minhas grandes amigas são do mesmo jeito. Algumas “fingem demência” com um “não estou sabendo de nada”, e viram as costas. Outras se fecham e fazem questão de serem curtas e grossas mesmo. E elas são pessoas muito mais felizes. Se o fofoqueiro não tem quem escute, a conversa acaba. Ele não tem mais assunto com você, já que a vida dele nunca está em pauta (pode prestar a atenção) e da sua você não terá coragem de falar. Então ele não tem outra alternativa a não ser se afastar.
Outra forma de cortar o assunto é perguntar, diretamente: “Por que você está me contando isso?”. Li em algum lugar, testei e realmente funciona. O fofoqueiro perde o argumento já que não existe motivo lógico para replicar informações da vida das outras pessoas se não te diz respeito.
Quanto aos juízes, eles não se acham superiores. Pelo contrário: a maioria dos casos que vi são de pessoas com a autoestima tão baixa que viviam de opinar e julgar a vida de outras que este acredita ser superior. Esta é a forma do infeliz destruir aquilo que ele quer para ele, mas acha que não pode ter: denegrindo, ferindo, maltratando...
Faça a escolha certa. Deixe-o ir, seja grata por ter aprendido algo com ele e siga sua vida. O mundo seria muito diferente se cada pessoa cuidasse um pouco mais da própria vida.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Carta ao meu futuro amor


 
Eu sei que não nos conhecemos muito bem e não quero te assustar. Antes de qualquer coisa, precisamos entender que antes de nos virmos e nos apaixonarmos, eu e você tivemos uma história, uma vida. E pra falar a verdade, chegar ao ponto de estar aqui, me abrindo com você, não foi fácil. Mas eu estou aqui.
Carrego marcas muito profundas de amores que vivi. E cada uma dessas marcas tem uma história muito forte. Para se envolver comigo, você precisa saber. Precisa entender que se eu recuo, não é por sua causa, mas é o meu jeito de me proteger. Precisa entender que não tenho medo do amor, mas muito receio do que do que as pessoas podem fazer com ele.
Precisa saber que as minhas inseguranças são provenientes de anos e anos de dúvidas, mentiras, traições... E que, se estou dividindo com você, nesse momento, as fraquezas que me tornaram a mulher que sou hoje, é na esperança de que você entenda que o problema não é você, mas que tenha respeito e atenção comigo e os meus sentimentos.
Precisa entender que às vezes eu vou ficar emocionada com alguma coisa que você disser ou não disser, ou com um filme bobo que passar na TV. No mundo de hoje, não é muito comum alguém se emocionar com um abraço, ou um beijo roubado logo pela manhã... Mas só depois de passar pelo que eu passei é possível entender como essas pequenas coisas são importantes. Então sim, eu me emociono muitas vezes...
Você precisa entender que passei muitas noites acordada, tentando entender as razões e os porquês de certos acontecimentos. E que em muitas situações eu me culpei. Levei muito tempo para entender que precisava passar por tudo aquilo para me tornar a mulher forte, perseverante, feliz e grata que está aqui na sua frente hoje.
Meu coração é um terreno muito fértil. Porém, foi muito maltratado pelo tempo e por quem passou por ele, então se tornou uma terra com muito potencial, mas coberta por uma camada de proteção. E para fazer com que ela volte a germinar, florescer e dar frutos para outra pessoa, é preciso que você entenda que por aqui deve caminhar com muito, muito cuidado. Regar com carinho diariamente, adubar com amor, proteger...  E então você vai conhecer o melhor lado de mim e vamos compartilhar momentos incríveis. Talvez toda uma vida.
Entendo se você quiser parar por aqui. Não gostaria, mas entendo e não vou te impedir. Porém, se você me der à mão e resolver seguir em frente comigo, quero que saiba que apesar de tudo isso, sou uma mulher muito feliz. E tenha certeza de que, se estou aqui na sua frente hoje, é porque decidi e quero compartilhar esta felicidade com você. Uma felicidade diária e genuína, construída com bases muito sólidas, conquistada dia após dia.
Só peço que tenha os mesmos cuidados com as minhas feridas que eu vou ter com as suas e não vou mais olhar para trás. E é este o trabalho que faço diariamente. Eu vou dividir o melhor de mim com você. Só peço que toque meu coração com cuidado...